Hoje quando o relógio batia 9h da manhã fui furtada pela primeira vez na minha vida. Estava lendo no ônibus através do meu celular, levantei-me para descer no ponto, coloquei o celular na bolsa (que é uma sacola, portanto aberta!) pois não queria me desequilibrar, desci os degraus, alcancei a calçada, procurei o celular para conferir alguma coisa qualquer e ele já não estava lá.
A primeira consideração é que em todas as vezes que me passou pela cabeça ser vítima de algo dessa natureza, nunca me ocorreu que seria indo para o trabalho, em um local "seguro" (iluminado e com pessoas por perto) e sem emprego de violência. E foi rápido, muito rápido. Imaginei que seria comigo, andando com o celular na mão, dando mole por aí. Mas é claro, não sou o tipo de pessoa que dá mole com o celular em mãos andando por aí, então, concluindo, achei que nunca aconteceria. (Observação adicional: se eu tivesse continuado com o celular em mãos nada teria acontecido...)
A segunda consideração é a respeito dos momentos seguidos ao ocorrido. Quando dei por falta do celular senti meu estômago despencar direto aos meus pés, em queda livre. Fui até o apoio mais próximo que pude encontrar, coloquei minha bolsa ali e comecei a procurar pelo aparelho. Lógico que isso não fez sentido nenhum, pois como boa minimalista wanabe que sou, minha bolsa é uma sacola vazia. Não existem bolsos, não existem esconderijos. Só o fundo da minha bolsa, sem buracos negros. Então meu (outro) ônibus chegou, eu esperei todas as pessoas entrarem, cheguei próxima ao motorista e expliquei que haviam furtado minhas coisas, mas que precisava ir para o serviço e não tinha como pagar a condução.
Aproveitando o ensejo, gostaria de distribuir alguns agradecimentos: muito obrigado ao motorista do ônibus que a) me permitiu viajar sem pagar passagem, b) deliberadamente me forneceu seu celular para que eu ligasse para alguém, c) quando eu dei sinal para descer ele me deixou na porta do meu prédio do trabalho (nós estavamos parados no semáforo e ele me perguntou onde eu iria, eu apontei o prédio e disse que não tinha problema, eu desceria no ponto e voltaria a pé, mas ele abriu a porta mesmo assim e me desejou boa sorte); ao passageiro que, ao perceber minha aflição, não passou a catraca, aguardou eu me estabelecer e me ofereceu para pagar minha passagem; à senhora que estava sentada na minha frente e ficou conversando comigo para me distrair por uns 5 minutos; e por último ao meu pai, que foi super compreensivo comigo ao telefone quando finalmente conseguimos nos falar. Pessoas, existe sim amor em São Paulo. De coração, muito obrigada a todos vocês.
A minha terceira consideração é a respeito da minha reação. Fiquei razoavelmente nervosa e sim, admito que chorei. Cheguei no serviço angustiada, não conseguia falar com meu pai novamente e isso só me deixou mais nervosa. Fui então falar com a minha grande amiga e colega de trabalho. Dez minutos depois estávamos rindo. Caramba, obrigada!
Por último, eu devo dizer que sou um mix de emoções. E, por mais incrível e surreal que pareça, nenhum desses sentimentos é negativo. Tá bom, levaram embora meu celular, meu cartão da conta, meu vale transporte, meu vale refeição, minha carteirinha da faculdade e do plano de saúde. E DAÍ? De certa forma eu acho que essa pessoa ainda me fez um favor, então muito obrigada para você também, Sr. Esperto. Aprendi uma ou duas coisinhas hoje, e a vida toca em frente. Os planos de hoje a noite? Continuam os mesmos. E os do fim de semana? Também! O minimalismo nunca foi tão bem vindo, nem tão doce. Foi um presente em minha vida e esse ano (ai, esse ano!) ele se mostrou mais essencial do que nunca. E vamos que vamos! :)
Aproveitando o ensejo, gostaria de distribuir alguns agradecimentos: muito obrigado ao motorista do ônibus que a) me permitiu viajar sem pagar passagem, b) deliberadamente me forneceu seu celular para que eu ligasse para alguém, c) quando eu dei sinal para descer ele me deixou na porta do meu prédio do trabalho (nós estavamos parados no semáforo e ele me perguntou onde eu iria, eu apontei o prédio e disse que não tinha problema, eu desceria no ponto e voltaria a pé, mas ele abriu a porta mesmo assim e me desejou boa sorte); ao passageiro que, ao perceber minha aflição, não passou a catraca, aguardou eu me estabelecer e me ofereceu para pagar minha passagem; à senhora que estava sentada na minha frente e ficou conversando comigo para me distrair por uns 5 minutos; e por último ao meu pai, que foi super compreensivo comigo ao telefone quando finalmente conseguimos nos falar. Pessoas, existe sim amor em São Paulo. De coração, muito obrigada a todos vocês.
A minha terceira consideração é a respeito da minha reação. Fiquei razoavelmente nervosa e sim, admito que chorei. Cheguei no serviço angustiada, não conseguia falar com meu pai novamente e isso só me deixou mais nervosa. Fui então falar com a minha grande amiga e colega de trabalho. Dez minutos depois estávamos rindo. Caramba, obrigada!
Por último, eu devo dizer que sou um mix de emoções. E, por mais incrível e surreal que pareça, nenhum desses sentimentos é negativo. Tá bom, levaram embora meu celular, meu cartão da conta, meu vale transporte, meu vale refeição, minha carteirinha da faculdade e do plano de saúde. E DAÍ? De certa forma eu acho que essa pessoa ainda me fez um favor, então muito obrigada para você também, Sr. Esperto. Aprendi uma ou duas coisinhas hoje, e a vida toca em frente. Os planos de hoje a noite? Continuam os mesmos. E os do fim de semana? Também! O minimalismo nunca foi tão bem vindo, nem tão doce. Foi um presente em minha vida e esse ano (ai, esse ano!) ele se mostrou mais essencial do que nunca. E vamos que vamos! :)