Resolvi pegar o touro pelos chifres e estudei meu planejamento financeiro para 2016. Faz muito tempo desde o último post sobre finanças aqui no blog, mas eu sei que é um tema que vocês gostam bastante então para o próximo ano espero falar mais sobre isso por aqui! :) 2015 foi um ano difícil para todos e a tendência é que os próximos anos sejam ainda complicados, por isso, mais do que nunca, se faz necessário planejamento.
Hoje, com muita felicidade, posso dizer que tenhos poucas contas a pagar. É claro que morando com meus pais e não tendo uma família sob minha responsabilidade, isso é uma possibilidade para mim, mas sei também que já tive muitas e muitas contas para pagar há alguns anos atrás e não pretendo voltar à essa condição.
Faz um bom tempo que eu não tenho nenhum cartão de crédito no meu nome. Quando quero comprar algo no crédito (compras on-line ou mesmo que não disponho do dinheiro em mãos no momento), utilizo o cartão do meu pai. Isso me ajudou muito a moldar meu senso de responsabilidade e frear compras impulsivas, pois o cartão não sendo meu ou não estando comigo torna tudo um pouco mais complicado.
Para esse novo ano eu escolhi a palavra de ordem POUPAR. Ou seja, guardar dinheiro, pura e simplesmente. Quando li o livro do David Allen, a nova edição do GTD, aprendi que o maior motivo que nos leva a não cumprir nossos projetos é a falta de um objetivo definido. Por isso quando você simplesmente pensa "irei poupar meu dinheiro" e não defini um "por que" disso, não dá certo. Então, depois de escolher minha palavra de ordem, defini meus objetivos e por ques: quero poupar dinheiro para viajar, para as compras do próximo dezembro e para dar entrada em um imóvel nos próximos anos. Depois de concluir minha graduação e arrumar um bom emprego, esse era o próximo sonho da lista, e de longe o mais ambicioso. Muito planejamento e pé no chão serão necessários para fazer isso acontecer, mas é um possibilidade que se apresenta em minha vida e estou disposta a fazer acontecer!
Bom, com tudo isso em mente resolvi fazer o seguinte nesse ano de 2016:
Sacar dinheiro para meu uso pessoal semanal
Toda semana sacarei dinheiro para usar durante a semana, assim não andarei com o cartão de débito na carteira. Esse dinheiro servirá para tudo que eu quiser comprar e não poderei gastar mais do que esse valor, que é baixo. Na semana subsequente depositarei o que sobrar no cofrinho do desafio de 52 semanas (tópico abaixo) e recomeçarei com o mesmo valor que eu já estipulei. Além disso, subtraí esse valor do meu pagamento, então para as porcentagens que estipulei para guiar meus depósitos na poupança (último tópico) não considerarei esse dinheiro. Com isso espero relegar o uso do cartão de crédito apenas para boas oportunidades!
Desafio de 52 Semanas
Esse é até bem conhecido por aí: o ano tem 52 semanas e você deve poupar o valor equivalente à semana em que se encontra (por exemplo, na semana 1 você poupa R$1; na semana 30, R$30 e por aí vai...). A minha intenção é usar esse valor, somado com o depósito dos trocados do dinheiro semanal (tópico acima), para fazer as compras de final de ano e assim conseguir poupar meu 13º para a entrada do meu futuro imóvel. Pode ser que eu utilize essa reserva para a compra de presentes ao longo do ano também, mas ainda não me decidi a esse respeito. No final do ano, não dá um valor muito expressivo, mas é o suficiente para meu uso.
Cotas de uso
Não existe outra maneira de explicar essa estratégia, senão chama-las cotas de uso. Defini as seguintes cotas de uso, baseadas em minhas prioridades de vida:
- 40% dos meus recebimentos serão depositados para a entrada do meu imóvel;
- 30% dos meus recebimentos serão depositados para gastos com viagens, especiamente a de férias;
- 30% dos meus recebimentos serão utilizados para pagar outras contas que eu possa ter.
Agora, eu preciso falar sobre a beleza dos 30% das "outras contas". Eu poderia chamar essas outras contas como "gastos fixos", mas eu não tenho nenhum gasto fixo. Então, resolvi separar esse valor para limitar meus gastos no decorrer do ano. Ou seja, as parcelas de um possível curso, as possíveis compras no cartão de crédito, uma viagem menor, que eu prefiro não sacar o dinheiro do fundo de viagem por que cabe nesse "orçamento", os ingressos de um show, recarga de celular... Todas aquelas compras que precisam ser pensadas e estudadas entram nesses 30%. A prioridade é sempre pagar a vista, mas se eu tiver parcelas no cartão elas tem que caber aqui. Também servirá de recurso emergencial: gastos com remédios, consultas, transporte...
É uma mudança significativa no meu padrão de consumo atual. Apesar de não gastar muito, também não passo vontade, e com essas estratégias poderei me considerar em uma espécia de "low buy". Mas estou muito feliz e positiva a respeito dessas resoluções. ;)
E você? Já pensou em como vai se organizar no próximo ano?