Coisas que me fazem acreditar que eu me tornei minimalista

18:34

Não gosto muito desse rótulo "minimalista", mas usando-o sei que estamos na mesma página. Acontecimentos recentes e pequena observações que me fizeram acreditar que entrei por um caminho sem volta:

Meu quarto hoje tem apenas uma cama de casal e três prateleiras (vazias) na parede. Além é claro de uma pilha de coisas para mandar embora no chão, porque eu não tive como administrá-las ainda. E os armários embutidos, que ainda possuem outras coisas para mandar embora, mas eu não quero forçar a barra com os meus pais, é uma situação meio difícil para eles administrarem.

Solta no shopping com dinheiro livre em conta e extremamente deprimida: a receita do desastre, das compras compulsivas. Aparentemente perdi minha capacidade de comprar coisas aleatórias. Aliás, acho que posso tirar o aparentemente: definitivamente eliminei meus impulsos consumistas. Não comprei nada.

Contas a pagar no mês de abril: faculdade, parcela do celular e recarga desse. Só.

Primeiro pensamento quando abro o meu guarda roupas todos os dias: para que tudo isso?
Apenas para não deixar desentendimentos a respeito: eu me comprometi a não mandar mais roupas embora por enquanto. Quero usá-las mais e muito e poder mandá-las embora com a consciência tranquila mais para frente.

Eu emagreci. Simplesmente parando de comer em excesso, tal como eu já havia lido no depoimento de outros minimalistas por aí. E por mais que, em outras épocas, isso significasse roupas novas, hoje apenas significa tirar a poeira da máquina de costura e resolver o problema sozinha.

Estou acordando mais cedo e mais disposta. Principalmente depois de ter esvaziado meu quarto.

Planos para o futuro: juntar uma grana e fazer um período sabático.

Eu quero reduzir meus objetos de uso pessoal. Antes eu achava isso meio absurdo, mas agora eu entendo a vontade. Não é a respeito de um número fixo, mas pelo fato de que não é preciso mais do que isso mesmo. 

Eu mudei. Mudei mesmo e não teria mudado senão fosse pelo blog. Eu gosto de onde estou hoje, quero seguir em frente por essa trilha. Não sei se isso é só uma manifestação da idade, uma nova moda ou algo passageiro. Sei que minha alma está vibrando na direção do tal "minimalismo" de uma forma que nunca aconteceu antes. E prometo que, mesmo estando meio ausente por aqui (e devendo uma continuação do meu inventário pessoal) eu vou continuar com o blog, e ele vai me acompanhar para essa nova etapa!

10 comentários

  1. Ei Tatiana, que bacana ler o relato de pessoas que estão no mesmo o caminho que a gente. Depois de um problema de saúde comecei a repensar sobre o que estava fazendo com a minha vida, coloquei em pratos limpos o que era prioridade e desde então, tudo o que não mais me é necessário tem ido embora. E que coisa maravilhosa é deixar ir, sentimentos, coisas, pessoas! Desejo boa sorte nessa nova fase da sua vida e que você esteja sempre aprimorando seu autoconhecimento! :)

    Beijos!

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    1. Bruna, olha que coincidência: ano passado tive um problema de saúde que me obrigou a parar por vários dias. Usei o tempo livre para rever todas as minhas escolhas também!
      Concordo com você: é maravilhoso!
      Beijão!

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  2. Bela reflexão...estou passando por um momento parecido, de me desfazer de objetos, roupas, enfeites, gente chata, compromissos...de, desculpe a expressão, cagar e andar se estou repetindo roupa em festa ou andando com bolsa de pano em meio a dondocas e peruas. O mínimo é tããão bom, abrir o armário e não precisar se preocupar, vestir o mesmo sapato todos os dias (e não ficar trocando só porque as pessoas vão achar que vc só tem aquele), limpar menos coisas em casa..
    TEnho mais tempo para curtir meus filhos e meu marido, ler, ficar à toa (qual o problema em ficar à toa? é tão bom e relaxante!) e estou pensando em fazer outra faculdade, não para me estressar, mas conhecer melhor assuntos que gosto.
    Acompanho seu blog há algum tempo e venho observando sua mudança: muito bacana! Seja feliz sempre!
    Um abraço

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    1. Patricia, ficar a toa é um presente que poucos se permitem, por isso tanta gente acha ruim. Eu acho que nada é mais precioso do que se permitir ficar a toa.
      Te desejo muita felicidade também!
      Beijão

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  3. Oi, Tatiana. Sou bem nova nessa coisa de minimalismo, mas fico feliz de ver que tem te ajudado. Vou ficar acompanhando ;)
    Beijo

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    1. Renata, eu me lembro de quando ouvi sobre minimalismo pela primeira vez e achei bem estranho por um tempão. As coisas mudam demais!
      Beijão!

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  4. Oi Tatiana, amei o que escreveu.
    Me vi minimalista bem nova. A primeira ocasião foi quando precisei sair da casa dos meus pais e morar em 2 cômodos. Já não tinha muita coisa e só levei o que eu realmente usava. Os 2 cômodos ficaram enormes.
    Desde então percebi que o que eu preciso pra viver é bem pouco. Preciso mesmo é de pessoas boas na minha vida.
    Outro fator que me liga cada vez mais ao minimalismo foi o fato de morar de aluguel e precisei me mudar várias vezes, (me mudei ao todo 21 vezes desde que nasci) isso me tornou a pessoa mais desapegada das coisas que já conheci. Fato é que se eu precisar ir embora hoje só levando minha mala de roupas eu vou sem o menor peso no coração, que a maioria das pessoas normais teriam.... srrsrs

    Ser assim me faz bem, pois sou mais humana, pensou mais nas pessoas do que nas coisas que tenho, detalhe é que sei tudo que eu tenho, pra ver como tenho pouca coisa.
    Tenho tempo pra pensar no próximo, cuidar da saúde, passear, sem me preocupar se minha roupa agrada e sem o apego em qualquer objeto que tenho.
    Economizar dinheiro é uma vantagem que temos, gosto de comer e cozinhar e como não gasto com excesso, sempre tenho dinheiro pra comer em restaurantes legais e cozinhar coisas novas.
    Se as pessoas tomassem consciência do quanto é leve ser minimalista tenho certeza que a humanidade seria menos egoísta.
    Um forte abraço.
    Sorte e paz na tua jornada.
    Roberta

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    1. Roberta,
      Que bacana a sua jornada! Engraçado que essa leveza é uma coisa que muitos criticam não é? Espera-se que as pessoas encontrem um lugar para ficar por anos. Minha família mesma é assim: a partir do momento em que se encontra uma casa devemos morar nela até morrer. Para mim a ideia dessa liberdade toda é fascinante! Estou me preparando para o dia que sairei de casa, apesar de nem saber quando isso vai ser.
      Um abraço e um beijo, Tate!

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  5. Oi, Tati! Faz tempo que não comento por aqui, ainda nem li seu inventário. Mas lerei \o/ Tenho que dizer que tu é uma das minhas maiores inspirações. Foi devorando teu blog, e mais alguns sobre o tema, que resolvi mergulhar de cabeça nessa vida. Também não entendia muito essa história de minimalismo, achava que teria que me livrar de tudo e viver cercada de paredes brancas, mas depois de pesquisar e estudar bastante, entendo que não tem nada a ver com largar tudo. Acho que minimalismo tem ver com responsabilidade e felicidade. Agora entendo que algumas pessoas são infelizes mesmo quando cheias de dinheiro e cercada de objetos que nunca usam. Que consumo consciente nada tem a ver com ser pão duro. Que ter uma vida mais simples e organizada te deixa muito mais leve e feliz, mais receptiva à mudança. Li seu post mais recente, sobre a Tati de agora e a de um mês atrás e olha, me sinto igual. Não há um mês, mas desde o começo de 2014 - quando resolvi simplificar a vida - tenho percebido que minha vida tá mudando pra melhor, que tô mais tranquila e dando atenção ao que realmente ME interessa. Consigo administrar melhor meu tempo e bagunça é uma coisa que está cada vez mais distante. Hoje mesmo fiz uma lista de título "Regras de Economia", para melhor organizar minhas finanças. Nossa! Deixa eu parar, tô escrevendo um livro. Mas é porque eu me identifico muito contigo e tô muito feliz com esse estilo de vida que tem me feito tão bem ♥ Deixa eu te agradecer, dá aqui um abraço \o/ Hahaha!
    Beijão!

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    1. A Mari, adorei esse comentário em tantos níveis que nem sei por onde começar! É incrível não é? Uma coisa que a gente acha tão estranho e depois de muito ler a respeito você percebe que aquilo está intrínseco em você: não existe mais volta! Adorei saber sobre suas regras e fiquei curiosíssima a respeito. Estou muito feliz de saber que tenho influenciado algumas pessoas, porque na verdade as referências em português sobre o assunto são tão poucas...
      Ainda estou afim de ir tomar aquele café qualquer dia, ok? Sinta-se abraçada! rs
      Beijão!!!!

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