Bom, hoje eu vou falar sobre um assunto tabu. Finanças pessoais. Em primeiro lugar, peço desculpas pelo tempo sem escrever. Em segundo, quero deixar bem claro que não sou financista, mas tenho uma boa experiência com esse tipo de problema.Vamos lá? Vou dividir o assunto em tópicos, para ficar mais fácil, ok?

1.Respire fundo.

Existe um longo caminho de negação até atingirmos o ponto em que pensamos: ok, talvez as coisas estejam andando meio mal. E esse ponto varia muito de pessoa para pessoa. Talvez você não se importe de viver no limite dos seus gastos. Talvez não te incomode saber que tudo que você ganha têm que ir para pagar a conta do cartão de crédito. Mas, sinto lhe informar, chega um momento em que você pega o seu dinheiro na mão e pensa "e se eu pudesse guardar tudo isso, pudesse juntar dinheiro?". Mas você não pode, e daí em diante começa a incomodar. Você começa a se sentir frustrado, perde o sono. Quando compra uma coisa nova, mesmo que necessária, vem aquele sentimento de culpa enorme! E isso só piora...

Mas respire fundo! Agora mesmo, nesse momento! Acho que se você está lendo isso é porque finalmente chegou lá, e o mais importante de tudo é alcançar a consciência de que você têm que mudar.

2. Descubra o que te faz gastar.

Quando começamos a pesquisar sobre finanças pessoais geralmente a primeira coisa que nós encontramos é a fatídica "se você já têm dívidas, pare de fazer dívidas". Sim, porque isso é bem fácil. Eu imagino uma antiga colega de trabalho minha, mãe solteira com filho pequeno doente, tendo que sustentar uma casa enquanto fazia um curso para tentar melhorar de vida, tendo por chefe uma bela megera. Ela não gastava seu dinheiro bestamente. Ela comprava comida e fraldas pro filho dela. Como alguém espera que ela pare de gastar? 

Mas vamos enxergar a minha situação em determinado momento: sustentada pelos pais, meu salário inteiro ao meu bel prazer. Trabalhando no pior lugar para se trabalhar, é lógico. Um shopping center. Tchau, tchau, salário. Foi então que caiu em minhas mãos um livro chamado "Os Segredos da Mente Multimilionária". E minha vida mudou completamente! Porque nesse livrinho mínimo teve um conceito que me mostrou meu maior erro! Porque você gasta? Qual o seu padrão de consumo? O que você está tentando provar para os outros? Pense nos seus pais por um momento. Ou nas pessoas que te criaram, enfim... O que você faz hoje, não é o mesmo que eles fizeram? Ou talvez o completo oposto?

Inconscientemente nós tendemos a imitar os padrões de comportamento que presenciamos quando estávamos nos anos de formação. Ou fazemos o completo oposto. Por exemplo, meu pai teve uma infância de privações. Adivinha qual a situação financeira dele hoje? Com a corda no pescoço é uma boa descrição. Não importa quanto ele ganha, ele sempre tem mais contas para pagar do que o que ele consegue ganhar. Já eu adotei um comportamento da minha mãe: mania de comprar tudo na liquidação. Mesmo se eu não precisa-se ou não gosta-se. Se estava na liquidação eu dava um jeito de me convencer que eu queria. E comprava! Você precisa identificar o seu padrão de comportamento, e acredite, essa é a pior parte.

Você vai andar por um lugar obscuro da sua mente. Enfrentar suas piores frustrações. Ninguém gosta de admitir que é comandado por um vício, por um sentimento que nem ao menos conhece. Dói. E dói mais ainda quando você enxerga que essa é a maior verdade de todas. Mas isso vai ajudar. É importante, então não deixe de fazer isso, ok? Essa é a chave da mudança. Quando você souber o que te faz gastar, você vai parar de ter vontade de gastar. Mas não significa que vai efetivamente fechar a mão, não é bem por aí. O que me leva aos próximos tópicos.

Acompanhe a segunda parte desse post, ok? Amanhã vai ao ar aqui no blog. Vou fazer essa pausa porque nesse momento você deve estar pensando um pouco sobre o tópico 2, então aproveite para fazer essa análise antes de continuarmos.