Hoje eu vou falar de um aspecto da nossa vida que causa uma bela insônia em algumas pessoas: o que eu estou fazendo da minha vida? Apesar de ser nova, eu comecei a confrontar esse assunto logo na escola, quando um professor meu explicou sobre planejamento de metas. Sabe aquele blá blá blá "o que vou fazer daqui a 3 anos, daqui a 5, daqui a 10, daqui a 50"? É disso mesmo que estou falando. Mas eu vou tornar isso um pouco mais específico. Vamos lá?

Conforme estamos crescendo, caímos num padrão de comportamentos esperados: estude, case, tenha filhos, faça-os estudar, case-os, tenha netos. E por aí vai. E ok, isso funciona se você der uns passos para trás, e observar o quadro geral. Mas quando vemos bem de pertinho não é assim que acontece. Quando você sente aquela vontade de pegar suas coisas, mandar seu chefe catar coquinhos, e ir para casa, no meio do expediente, olhar o quadro geral não te acalma. Você pensa coisas como "só aguento isso porque tenho contas a pagar, família para sustentar, senão eu ia fazer tatuagem de henna na praia!"

E é por isso que eu te pergunto agora: pelo que você trabalha? No que isso te favorece? Onde isso te ajuda? Vou me colocar como exemplo, para poder explicar meu ponto de vista.

Eu estou atualmente trabalhando em um salão de cabeleireiro. Trabalho como assistente, sou maquiadora, cubro a recepção quando não há ninguém lá, ajudo na organização geral. Eu quero ser cabeleireira? Não! Nunca! Jamais! Então por que estou lá?! Porque eu recebo bem, e no momento eu preciso disso. Para que eu preciso desse dinheiro? Porque eu quero financiar grandes coisas em um curto período de tempo, como um intercâmbio, uma viagem ou a compra de um carro.

Mas no que isso me ajuda? Porque um salão e não uma loja de roupas? Afinal, estou "perdendo tempo" trabalhando em uma área que eu não gosto. Aí que está o ponto: eu não gosto de trabalhar como cabeleireira, mas amo trabalhos burocráticos, administrativos. Em suma, com a minha experiência e a minha faculdade, sou perfeitamente capaz de galgar um cargo de gerência ou consultoria.

Então, eu basicamente tenho dois motivadores para ir trabalhar todos os dias, e trabalhar com vontade: os ganhos e uma possível carreira futura.

Agora, você deve se perguntar quais os motivos pelos quais você sai da sua cama quentinha todos os dias para ir trabalhar. Se eles envolverem apenas obrigações e sentimentos negativos, talvez seja hora de mudar o roteiro. Isso não implica necessariamente em pedir demissão, as vezes vocês só precisa parar de olhar para um lado, e começar a olhar para o outro, que descobrirá que existem caminhos que você ainda não explorou.

O post ficou meio confuso, não posso ficar mais tempo aqui explicando, assim que eu puder retomar o assunto com mais precisão e de maneira mais focada, farei isso. Por enquanto eu apenas quero plantar a sementinha do "e se" na cabeça de vocês!