O peso das nossas tralhas
09:00
Aproveitando a carona até o serviço, resolvi levar alguns objetos que separei para mandar embora. Três envelopes plásticos com documentos, dois enfeites e uma sacola de roupas para devolver no curso de cabeleireiro.
Ao chegar no serviço já resolvi o problema dos documentos. Acabei triturando a maior parte e só digitalizei umas dez folhas. Os enfeites eu estava pensando em dar para uma colega. Dito e feito, ela adorou no momento que viu. Chegou a hora de resolver o último problema: a sacola de roupas. Carreguei por dez minutos a sacola, até a academia, onde tinha que resolver um assunto. Chegando lá, não consegui continuar segurando: as alças estavam quase cortando meus dedos. Descer da academia até a escola pareceu demorar uma eternidade, arrastando aquele peso. Por um instante achei que não iam aceitar as roupas, mas enfim pude deixar aquele peso para trás. Andar até o ponto de ônibus, depois de carregar aquele pequeno fardo, nunca pareceu tão fácil.
Parece bobeira, mas só assim mesmo para percebermos o peso que as nossas tralhas tem sobre nossas vidas. Me senti tão livre ao deixar aquela sacola de roupas para trás.
4 comentários
Olá, Tatiana: de vez em quando «passo» pelo seu blogue e algumas vezes gosto mesmo muito do que leio. Acho que começou com »Antes feito que perfeito» que até queria citar e não me lembrava onde o tinha lido. Mas este seu post de hoje é excelente porque retrata na perfeição «o peso das tralhas». Há vários ensinamentos e pequenos contos orientais que são como que variantes deste seu texto: o desperdício e a falta de sentido de tanto que carregamos física ou emocionalmente. Um abraço, jovem minimalista!
ResponderExcluirMaria, você me deixou curiosíssima com esses contos! Adoraria lê-los qualquer dia. Obrigada pelo apoio e um abraço!
ExcluirOlá! conheci seu blog agora e estou lendo algumas coisas sobre finanças, de como se livrar das tralhas e etc..Adorei seus post, estou precisando dar uma mudada na minha vida em relação a isso, já comecei a me livrar de algumas coisas, mas vejo que não se pode mesmo fazer tudo de uma vez, né?
ResponderExcluirClaudia, acho que o problema em fazer tudo de uma vez é você não ter tempo para absorver e internalizar qual o verdadeiro sentido de minimizar. Ir com calma é o melhor, afinal uma vida inteira vivida com excessos não se conserta de um dia para o outro, não é?
ExcluirBeijão!
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