Estou usando um cinto largo preto pela primeira vez hoje. Eu ganhei ele há uns anos, mas só o usei hoje. Minha mãe o quis, mas eu, enciumada, nunca emprestei, porque “eu tinha que usa-lo primeiro”.  Faz algumas semanas que venho procurando por outro cinto, porém para trabalhar. Eu tenho um fininho – que eu peguei da minha mãe, olha só que irônico – e uso constantemente, mas cismei que preciso de outro. Será mesmo?

Esse tipo de comportamento é algo que me faz refletir. Qual é o tamanho do nosso apego aos objetos que faz vivermos esse egoísmo por coisas que sequer usamos. Que nos faz querer coisas que já temos.

Não sei se vou conseguir atualizar o blog essa semana. Normalmente deixo algumas postagens programadas, mas a semana de provas finais está consumindo minha energia de tal forma que estou sem ideia alguma para escrever. Até já!­

Uma das minhas maiores dificuldades é focar minha atenção no presente. Gosto tanto de pensar no futuro que, quando me dou conta, já perdi dias da minha vida. Eu batalho todos os dias para me forçar a manter a cabeça no que está acontecendo à minha volta agora e viver o dia de hoje. 

O método GTD e a técnica Pomodoro vêm me ajudando nos últimos tempos, mas ainda continua sendo conturbado. As rotinas e o caderno de organização também facilitam meu dia-a-dia. Mas para uma geminiana ansiosa, toda ajuda do mundo ainda é pouco.

Nesse post eu falei sobre minha rotina alimentar, então, para complementar, pensei em trazer para vocês o que eu tenho comido de fato.

Café da Manhã (7:30hrs)

Copo 300 ml de suco de laranja

2 fatias de pão integral com requeijão (light ou não)

(opcional: ½ Manga)

Lanche da manhã (10:30)

½ Manga com 1 colher de semente de chia ou 1 capuccino

Almoço (12:30)

1 porção de arroz integral (12,5% da refeição)

1 porção de feijão (12,5% da refeição)

1 porção de proteína (25% da refeição)

salada (50% da refeição)

Lanche pré-treino (15:00)

1 colher de doce de leite light ou 1 iogurte 0% 

Lanche pós-treino (18:00)

1 ovo mexido com cottage

Lanche Facul (19:30)

Sanduíche de pão integral com requeijão, queijo branco, queijo cottage, alface e cenoura

Engana fome (21:30)

1 unidade de polenguinho

Eu também diminuí o consumo de lactose (não tomo leite que já não esteja contido em outro alimento) e estou dando preferência para alimentos Gluten free, mas sem neuroses.

Outro ponto importante, que acho bacana ressaltar: não estou "fazendo" dieta. Eu demorei alguns meses para desenvolver uma rotina alimentar com a qual eu posso conviver sem enjoar das refeições. Essa dieta não é restritiva, eu apenas tento ao máximo comer corretamente pelo maior período de tempo possível e me permito comer uns agradinhos as vezes, para não comprometer meu progresso na academia. Mantenho minha rotina alimentar nos finais de semana também, porque percebi que sair da dieta nos finais de semana me fazia mais mal do que bem. Com relação aos horários, não sigo eles a risca, mas são os horários aproximados em que meu corpo pede por comida. Uma dica para quem não consegue lembrar de comer: se você se forçar a comer em horários certos, depois de alguns dias (aproximadamente uma quinzena) seu corpo vai pedir por comida nesses horários naturalmente. Uma das chaves do sucesso da alimentação balanceada é a rotina.

Faz algum tempo que eu parei de aceitar brindes. Nunca fui exatamente fã de objetos com propaganda, então não foi realmente um problema. Não entendo essas pessoas que morrem por um brinde, seja ele qual for. Então eu devolvo ou nem aceito brindes, panfletos e afins. 

Porém já me coloquei em uma situação delicada quando, em uma festa infantil familiar, me deram uma lembrancinha que tinha sido feita especialmente para cada convidado. Só que era, de certa forma, uma lembrancinha inútil para mim. Poxa vida, depois de tanto tempo e energia destralhando, tudo que eu quero é distância dessas coisas! O problema é: como eu explico isso sem virar uma chata de galochas? (E olha que nem galochas eu tenho, o que seria extremamente útil aqui em Sampa nos últimos tempos...)

Obs: Antes que me atirem pedras, eu aceitei a lembrancinha, só não sei o que fazer com ela.

Uma das minhas redes sociais favoritas é o Pinterest. Para que ele se torne realmente efetivo devemos revisar nossos painéis periodicamente. Com o final do ano se aproximando, temos uma data perfeita para fazer isso e, de quebra, refletir a respeito de como nossas opiniões e gostos pessoais mudaram – ou não – durante o ano.

Eu utilizo o gadget do Pinterest para o Android, mas o procedimento de organização dos painéis é super simples mesmo pelo site. Ao clicar em "Editar" temos a opção de mudar a legenda, mudar o painel onde a foto foi pinada ou exclui-la.

As fotos que ficaram são aquelas que me emocionam ou que agregam algum valor ao meu dia-a-dia, seja com dicas, inspiração ou lembretes, e os painéis devem ser categorizados apropriadamente para uma melhor organização.

Ainda estou trabalhando no meu, mas já apaguei bastante coisa que sequer lembro-me de ter pinado. Todas as noites eu organizo um pouquinho mais pelo tablet, em média 20 minutos antes de ir dormir.

No meu dia-a-dia costumo sair de casa às oito da manhã e retornar às onze da noite. Como sou vegetariana e faço academia, preciso prestar muita atenção na qualidade das minhas refeições. Para isso eu bolei um cardápio base diário e uma rotina noturna e matinal para montar tudo direitinho.

Eu faço um total de sete refeições por dia: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanches pré e pós-treino, lanche na faculdade e um engana fome no final do dia. Dessas sete, a única que acontece em casa é o café da manhã, por isso é tão importante planejar minhas refeições e o transporte delas pelo meu dia.

Para manter a temperatura enquanto estou em transito, coloco uma garrafa com água gelada dentro da bolsa térmica. 

A bolsa térmica foi um presente da minha mãe. Custou cerca de 20 dinheiros. Ela tem 20cm de altura por 15cm de profundidade, então cabe tudo e quase sobra espaço. 

Ultimamente eu venho sofrendo de uma nova ansiedade, decorrente das mudanças graduais que venho realizando no meu estilo de vida. É a síndrome do “eu tenho que usar, eu preciso usar, será que já está acabando?”. As coisas que sobraram ao meu redor adquiriram um aspecto de “seja útil ou deixe-me” e eu percebo que trabalho todos os dias para acabar cada vez mais com as coisas que possuo.

Refletindo sobre isso, me pergunto se será assim ou se em algum momento eu vou me considerar possuidora do necessário (somente o necessário, o extraordinário é demais).

Em compensação, quando estou em contato com as minhas coisas, consigo identificar algumas com as quais me conecto profundamente. Percebo que algumas sobreviveram aos destralhes dos anos passados, e provavelmente vão resistir a muitos outros que virão. Já outras, a cada dia que passa, perdem seu valor e se tornam meros objetos.

It’s a humbling experience to have to physically carry everything you own; only then can you truly feel how much your belongings weigh on you.

É uma experiência reveladora ter que carregar fisicamente tudo o que você possuí; apenas assim você pode sentir o quanto seus pertences “pesam” em você.